No vendaval da tua vida




Faço parte deste vento frio que açoita minha face e a faz arder. 
Eu volto seja doloroso ou não - o vento frio na face, as marcas deste açoite - Eu volto pela persistência e a coragem de saber que prosseguir é uma opção. Não importa o quão longe estarei amanhã, pois intento ficar. 

Me importa, fazer parte deste vento recurvo, aflito ao seu lado. 

E você se pergunta, o por quê? 

Por que o amor legítimo se faz também nos pesares, quando nos damos as mãos coadjuvantes. Quando intentamos não só o prazer e sim o todo. E o todo de alguém nunca é deveras afável, favorável. O todo é tudo mesmo, é o bem e o mal da gente.

Não há ponto de fuga, nem cabe resistência. O que está determinado, determinado está. Mesmo que o tempo traga outras vidas para compreendemos que um olhar atento, facilita o entorno e o dentro.

O vento passa! Enquanto não, a gente domina... Juntos. 

rosangela ataíde

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