tenho em mim todas as mulheres do mundo. de certo muito de você que desconheço totalmente. muito de você que me conhece bem, mas que percebe de você em mim apenas um pouco, talvez nada. tenho em mim as mulheres parteiras, as parturientes, as mães, as virgens, a mulher medicina, a bruxa. me diga... sou a diabólica? de certo não sou santa! não acredito nelas. acreditas? sei que sou triste apenas. por isso tenho em mim uma represa que de tanta força, exala um vapor de formar nevoeiro e pouco se vê de consistente, mas o consistente está debaixo de todo disfarce: pó compacto, batom, rímel, base. é que são tantas as mulheres que trago no gene... cada fio de cabelo meu tem milhares delas, cada lágrima vertida é lágrima de muitas, o parto de uma é também o parto de todas, as que você vê por aí, as que virão, as que se foram... nas linhas de minha mão, em meu sexo, em minha íris! todas as mulheres estão contidas no meu corpo e todas nós pairamos no pensar quando a lua se abre gigante sobre a Te