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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

Addict Dior - 2014

imagem: Campanha  Dior Addict e agora? a imaginação me deu asas e eu só\ quero um poema que seja leve que seja breve um suspiro um arrepio talvez uma brisa roçando minha face com fragrância ultra fixante um Dior que dê vontade de sempre mais... [um cheiro] rosangela a.

ainda sobre ser desfigurada 27/10/23

mudei a rota ainda estou entendendo onde estou ainda não sei para onde vou dei ouvidos... ou seria as vistas, visto que li? seguia por uma via de querer o improvável, de pequenas satisfações, desejos ilusórios, seduções... e me perdi, errei o alvo. -olha só que coisa horrível! fui julgada por não ver no entorno as cobras querendo me devorar mas o não ter sem querer me abriu as vistas e não foi fácil ver esse lado sombra, quase lua, ou o profundo como o oceano que não alcançamos e estou, aprendendo. e que coisa vergonhosa e louca é aprender depois que se acha que muito já foi aprendido, e que é hora de ensinar. ruborizei! a quentura subiu à face e tremi, entre tolices e frivolidades muitas vezes sei menos que uma menina e devo respeitá-las pois na inocência é que mora o singelo, o puro e é o puro que alcança a alma - como não vi isso? o vulgar se perde... e foi assim que me perdi. e agora me olho no espelho, aceito minha sombra, mas não sou dada a coisas momentâneas então apesar dessa s

prosperar

é necessário as ruas manchadas. um vermelho viscoso becos sanguíneos, ruelas feridas, da civilidade lacerada. é necessário a pressão das artérias humanas, o guerrear da batalha e enfim... o derrame ou enfarte. para que prospere a vida é necessário sangrar, sangrar, sangrar até morrer. e em luto Seja consolidada a Paz. rosangela a.

O Ser e o Nada

  Preparar a noite enquanto os pássaros em revoada recolhem o sol. Cai o negrume audacioso. Aos poucos a histeria dos pneus silenciam a avenida. Vem uma lua que brilha no céu. Tem estrelas fabulosas cintilando o entorno da esfera azul. Já é dia em Hanói! E aqui escrevo palavras que cabem em qualquer boca do hemisfério. Quantas bocas silenciam a noite? Quantas pedem socorro? Aqui, em Hanói em Bangladesh, ou em Beirute alguma diferenciação quanto a angustia... Seja lá onde estou... A noite deveria trazer a fé. Mas eu só tenho espera/nças que nada movem. Nenhuma estrela cadente, cometa algum... Um corvo de Odin se acomodou no meu peito e com as artérias do meu coração prepara um ninho. rosangela a.

espinho na derme

Imagem: Maroraro da palavra larva que consome a carne e perfura como espinho a derme, a palavra sepulta em caixão lacrado ou que crema e se deixa em urna, palavra de alcançar o peito e dilacerar... expande, reverbera! palavra pétala de língua afiada, saliva agridoce, faz uso dos dentes de roer até os ossos, boca de sugar tutano do corpo caule repouso. palavra de revirar girassol ao poente, de eclipsar, de dizer o que se sente, de negar o que se pensa... a palavra fortaleza que se diz em letras pungentes, a palavra natureza, seja humana, seja eco/ambiente. deixa escorrer a lágrima ainda que esta seque. talvez uma palavra foice, uma palavra fúnebre, de estado de choque, decomposta, que grita tão alto que faz tremer. palavra que não quer ser dita mas se dita enluta a gente ...a palavra pandêmica. a maior de todas sem cura, sem vacina... a palavra Morte? não, não ...a palavra Vida! rosangela a.

cais

escrevo poemas em mastros de embarcações que em mim atracam poemas de hastear bandeiras guerra Paz zona proibida imprópria à grandes embarcações ancoradouro de pequenos veleiros, saveiros e traineiras tem horas que só os pássaros passam tem horas que alimento um pássaro perdido que trás ao bico um ramo de promessa de vida as tempestades me causam danos reparáveis, nada sério tem um farol no alto da colina que me, alerta —Terra à vista! mas na verdade, sou ilha flutuante pós horizonte de toda a paisagem que me cerca há uma submersa, oculta, ninguém vê mas que me fala de amor mesmo sem fazer uso dele ...só pela existência uma jubarte, que ao roçar suave em mim me balança as estruturas rosangela a.

locomotiva

fôlego à todo vapor ritmo nos trilhos un cuore vuoto vagão que não descarrila se o acorde estiver perfeito ...sigo estação por estação troca de carris à depender do destino a cada batente sob o sol britas causam faíscas entre as flores que chamuscam atrevidas quase incendeio a paisagem com meus olhos de brasa e essa fumaça dentro deles rosangela a. imagem: Michelle Rae

é você o livro — que não sei ler

Foto: Ján Péli - Slovakia preciso talhar você — em madeira — mergulhar em teus traços — — arte inacabada — como aquela música que a gente fixa na memória — e para esquecer — escuta — até que acabe — — ou como a poesia que a gente decora — até saber rescitar — sem tropeçar na própria — voz — — estou esquadrinhando — — teus detalhes — — precisa e cirúrgica — que já te vejo — — em outros borros — — mas ainda é você o livro — que não sei ler — — e não aprendi a esculpir em madeira. rosangela a.

inocência à beira do abismo

a doçura nos olhos da menina ainda insiste neles? crê, nestes olhos? eu já avisei... — é preciso fúria! menina... despir-se deles guardá-los seguramente numa gaveta e esquecê-los, renegá-los — não são meus aqueles olhos! mas confesso aqui... não os roubei, nasci com eles, meus pais que me deram com certidão em cartório não fui eu que tirei deles nem um naco de amor e fé... mas eu avisei: — não desfile por aí com esses olhos, bote neles a malícia, um pouco da proteção da prepotência, vista a armadura do conhecimento a máscara da vaidade te cai bem... mas não adiantou os olhos não paravam quietos, pareciam flechas em direção ao abismo e não pude contê-los aí aconteceu que, eles não viram o escarpado que há num sorriso, e se deram por inteiro e sorrateiros, com o soslaio originalmente deles, curiosos que são se encontram aqui, neste poema — entrelaçados, vesgos, vesgos... com capinhas de chuva? ora, façam-me o favor! — e eu avisei sabe? mas era tarde. então te peço: — por favor... afaste

o rochedo e o mar

Fotografia: Maya Beano há um céu passando em timelapse pela água translúcida dá para ver as nuvens as aves em partida pelo tempo que se mira até as estrelas acima desse espelho d'água o vento soa frio diante à instabilidade atmosférica uma pele exposta observa o céu pelo veio d'água à espera do próximo lance ...ainda que fale de profundezas essa pele te lança fora pois o dentro dela te engole aquilo que vai além da mudez ou de toda tagarelice falha além do tátil desse rés da tez ... há um espaço anexo que adentra e transfigura essas profundezas com o pouco de dentro dele, mas é nele que a verdade vê é lá que se sabe que o maior medo é do vazio e aquele que perde sabe bem o pavor que é poucos são os olhos que desnudam o fora da paisagem que manipulamos - coragem, fé, espera... *** não sei onde paramos da última vez em nosso jogo de letras mudas ...mas sei que perdi a partida e não quero blefar por isso talvez a cabeça pese para baixo olhando esse veio de sal e céu e não ergo os

incógnitas

nós mulheres espinho na carne flores a qualquer hora pétalas que caem monstros de nós mesmas desague moribundas que renascem férteis parideiras ainda que castradas nós mulheres incógnitas 7 rosanngela a.

maresia

  de sal de brisa caminho ela é só e de maresia ...se permitindo alguma cor, contraste e curvas já já tem onda é que ela esta toda mar rosangela a.

não sei, não entendo

só sei o muito da audácia da verdade que não se nega, nem se quisesse subo os degraus para o mais alto de uma montanha íngreme de rochas que dão no mar, quero ter essa visão de onde chega o horizonte que é onde se define o bem valioso que me afaga os cabelos banhados pelo sal, quando mergulho há um tanto de tormenta às vezes ...é necessário - deixemos a paz para o fim - agora, que sejamos olhos brilhantes diante do mundo se possível ainda quero um tanto da sua mão, uma mão meio onda que vai e que volta quero ver-te as mãos olha que ousada! estou te pedindo as mãos, isso é engraçado ...mas isso é coisa de estar à deriva - acho! - é que queria tocá-las saber do peso, se tem calor, ou se ficam geladas, de nervoso as minhas ficam veja bem em meus olhos ...és tu! o bem encarnado que vejo sem licença não sei, mas tem algo como o que dizem os de fé, "Luz do mundo Sal da Terra" para me acordar o dia com amor, em tempos de guerra rosangela a.

ser de Antônio

eu deveria ser de Antônio, com meu corpo estendido em esteira de palha dividida.   viveria nas nuvens entre canções e alegrias, e embora alguns dias tristes me assolassem, Maria me ergueria como quem sacode a poeira das colchas de fuxico.   eu deveria ser de Gracinha entre banhos ferventes de bacia e bolos de fubá, conversas longas substituiriam minha escrita. teria a vida leve e bem resolvida e me pesaria a saudade desses dias entre campos, fugindo da boiada, pulando a porteira...   eu deveria ser de Lourdes embora pouco saiba de Lourdes, forte, altiva certamente seria, mas a estabilidade e a fé me seriam garantia de vida. Acho que de Lourdes eu tenho a resiliência de superar desafios.   eu deveria ser de Mariana embora não saiba das coisas de Mariana, Mariana é um mistério, justo que Mariana era nômade entre as feridas da família... até acho que sou Mariana, quando me vejo perdida... e arredia, ou quando pego um potro pela crina.   eu não sei se deveria ser de Roberto, pois certament

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