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Mostrando postagens de outubro, 2021

Poeta Eremita

não sei o que dizer diante do silêncio é como dar murros contra a parede é como agitar um mastro sem vento gritar num descampado sem eco não sei silenciar o que sinto nunca deixo nada inédito isto torna qualquer coisa que digo sem nexo barato desgastado nasci para o bate papo as longas conversas as gargalhadas para falar do sol do dia do vento lembro os velhos de minha infância sentados num banco de madeira nos portões falando de músicas meninas cachimbos crochês enquanto cuspiram no chão hoje nos restam os likes, os feeds rolando sem nada dizer emoticons para dizer, estou aqui olhadas às escondidas nos storys e muito muito silêncio a vida anda triste em minhas mãos o feed corre entre likes e emoticons felizes parece que me guardei numa caverna de solidão só me falta falar com as paredes temo delas responderem rosangela a.

via iris

tudo aqui é uni/verso ainda que seja reverso meu pensar as perspectivas dos anos que variam em minhas iris constelações ganham rostos e eu miro o céu noturno para identificar semelhantes ou algo dos semblantes que se apagam mesmo a parca lembrança do traço que não quer saltar e e em meus olhos provoque uma cegueira de autosabotagem pois além do que se vê há efeitos colaterais que incoisncientes provocamos no corpo que a todo custo dribla o que o mata cada ser multiverso adverso a própria existência mira minha iris e não se apegue a tristeza ao redor dela eu sei que o entorno seduz com um timbre uma derme um perfume um pedido de socorro e um sorriso que engana mira minha iris dentro dela e se como eu você observar constelações eu saberei que esta angústia não está me enlouquecendo e sim que a poesia me entorpeceu ao ponto de me desvelar por inteira em involução e de me compreender expansão universal além das estrelas que meu limitado aparato de enxergar me permite ver mira minha iris vo

quase nada

  amanhecer suave ainda que sem voz as minhas costelas doem e me alongo enquanto os olhos pesam pela claridade da janela uma aberração cromática super exposta cena cotidiana de acordar ao teu lado quando possível - aquarela num dia de sol giz pastel em dia de chuva quando impossível reflexo da mesma tela só que falta o tinteiro tudo desbota e me atrofio você me joga os travesseiros me entorpece com este olhar vespertino se fosse fácil eu não reclamaria ausência quando distante e me torno nada ao teu olho os percalços me deixam lenta por querer que o tempo passe enquanto tudo se arrasta é como marcha que não se encaixa freio de mão puxado longe... estou em ponto morto admirando um quadro que não pintei talvez um outdoor e não sei a mão que o desenhou nem o letrista que te escreveu só posso falar daquilo que sei e estou te decorando enquanto te devoro com apenas um olho rosangela a.

anger

depois da palavra navalha nada do dito faz sentido aquele mosto de de fel escorrendo pelo canto da boca o queixo trincado os dentes rangendo - é verdade que a ira urra assusta ...Aí que medo! enquanto se esquiva mira-se uma tangente há os que buscam como defesa algo contundente e até munição, armamento pesado já me disseram que Deus não é nada elegante em sua ira ele ataca, destrói, aniquila se pensarmos bem, somos quase deuses ou seria semi deuses? da no mesmo! perdi a elegância desde que me descobri povo oprimido exaltado seja o povo de Deus! - aquela gente de bem a ela seja dado um um coração manso. eu confesso, não estou prestando... rosangela a.

nenhum mistério

Trago em minhas mãos verdades Uma essência só minha Nenhum mistério Trago algumas dores Pois todos que partiram tiveram meu toque E deixaram um tanto deles Trago algumas alegrias por aqueles que as seguram E me fazem crer que tem mais pela frente Trago em minhas mãos mais que pele, osso, unhas e tutano. Trago a que sou e não agrado Trago a que traz Paz  Mesmo que incomode Trago uma opção de saudade Trago uma mão de misericórdia Trago um pouco mais que isso Uma certeza de que mesmo de maneira insana Que todo aquele que toquei deixei Um punhado de minha essência Um pouco de amor certamente . rosangela a.

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