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Mostrando postagens de agosto, 2017

pearl

Ilustração:  Maia - por eu mesma recolhi-me semente tão úmida e oclusa que nada paira aqui além do brilho, da rudeza e eu, me des/cubro pérola me des/dobro casca e me reviro nada piercing na língua a saborear líquidos, sal e terra língua onde pousa minha pele  tesa e revela minha alma lapidada ...por sismos correntezas língua que desata a marca deste fio - desfaz as amarras deste laço esta língua que me explora sonora vai e vem das águas ...arrebentação das ondas rosangela a.

hiato

falha-me na alma os seus sorrisos sinto-me em queda mas não livre e grito porque há vago o que não tem espaço ...aqui dentro... repleto de lembranças inda inquieto a falta deste amor, vivo e nada mais eu faço tornei-me omissa meu peito comete lapsos quando bate mas ainda não pára não é o momento é apenas a ausência por não te ter aqui comigo rosangela a.

me ache

rabiscada em giz cada peça cada fio cada pedaço de mim e fronte a este verso eu me reviro e desdobro e não me acho nem tão pouco me ordeno retiro cada esboço... a casca onde me encontro está encoberta lacrada a chave perdi rosangela ataíde

entre delitos, delírios e alguma fúria

Horyon Lee o divórcio é um delito você pega alguém vivo e o mata entre seus sentimentos isso é assassinato é também suicídio rosangela a.

barco da ilusão

Silvia Grav alma que desta ilusão (escrava)                       segue ruas, labirintos mares, cardeais saudades e nem sei se parto ou se aborto certas palavras pois de todas as letras que sinto este mastro não é de sofrimento não é de dor é o oco que na tormenta me assusta pois quase se parte quando surge em minha rota (felicidade) é ainda neste barco de especta[dor que                                      noturna                       esta alma mira luzes no firmamento piscando... estrelas? ou é você de prontidão que me aguarda? ...contínuo é este espaço. e eu sigo. rosangela a. para Breno

indo em direção ao fim...

sem estricnina ou forca, chama alguma... ainda há ar em meus pulmões. vou indo em direção ao fim seguindo a rotina os dias passam e todo veneno ingerido é por não temperar a vida à gosto al dente envenenar-se diariamente de ira culpa obediência frustrações... malevolências há um masoquismo que me leva ao abismo de morrer um pouquinho a cada dia por opção uma eutanásia moral silenciosa amanhã provavelmente viva andarei pelas ruas seguirei a vida cortando caminho espreitando a morte me sinto como num suicídio coletivo disfarçado de amor ódio e mentiras rosangela ataíde rosangela ataíde

painted

fazer ressoar as tardes frias entre a pele trazer a lembrança de uma guerra  anêmica  branca cicatriz fazer ressoar o voo o alto crocitar  /pássaro aniquilador  fazer ressoar o branco de uma guerra branca numa tarde branca o ressoar do pássaro negro necrófago pouso no corpo débil que deita no branco dia da tarde mais fria numa hora rota o fim rosangela ataíde

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