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Mostrando postagens de setembro, 2021

será que estamos

  A minha atenção está redobrada minhas pupilas dilatadas Eu estou com um grande pavor de não ser nada Será que estou aqui? Será que estamos? Hoje me senti miúda quase nada "Quase" porque eu estava vendo meu corpo e o tocando e eu estava quente e... úmida Mas as mãos geladas Daí lembrei de meus arquivos e pensei "eu sou bem grande" Eu tenho este corpo sabe? esta pele que me veste esses olhos que me despem os líquidos que todo o corpo de mulher expele uma textura tátil ...eu estou sentindo Você me sente? Tenho temperatura aqueço Ahhh... Estamos aqui sim! Tenho quase certeza disso rosangela a. 

a efemeridade das asas

signo e significado hoje pensei em borboletas na liberdade a que suas asas remetem no vôo nas flores que elas alcançam suavemente pensei no casulo que as transformam pensei na transmutação espiritual como um véu bailando ao ar na breve vida por mais bela que seja! pensei em asas delicadas indicando que é necessário tato ao lidar com a liberdade dos inválidos dos insanos dos que como eu apreciam quando o que é bom perdura e ao pensar em algo tão delicado como permanência cumplicidade tolerância compreende ...a liberdade é tão limitada! as borboletas tão efêmeras há os que se enganem eu prefiro a verdade e ainda assim apreciar o vôo aceitar o pouso ou me rebelar com tudo que vejo diante de meus olhos e não entendo é necessário cuidado ao lidar com arquétipos - me disse um sábio - borboletas no estômago são as que mais ferem também as que mais nos deixam humanos eu às sinto fazendo cócegas mas as deixo partirem quando querem mesmo que elas prefiram voltar eu sei que sou eu sei que somos a

tem esta carne sabe?

tem esta carne grudada na minha carne eu quase sinto o cheiro se fechar os olhos e respirar profundo tem esta carne grudada na minha carne que não sai nem esfoliando a pele e olha só... não é mentira não! não há nada de concreto ou real mas tem este calor, este suor! e esta voz sussurrando ao meu ouvido palavras de putaria, de posse, de querer, esta mesma boca me mordendo a nuca os seios... Esta mão não existe, embora esteja içando, minhas ancas ao ar me rodopiando e puxando meus cabelos... meu Deus, tem este gozo escorrendo por entre minhas pernas! não, não se engane não é violação de um demônio. não e haxixe em excesso... ou algum teor alcoólico é só delírio destilado o quarto escuro não é nada e nunca foi. o quarto escuro é só um quarto escuro que se dividiu em dois, tristes e solitários quartos escuros. tem esta carne sabe? grudada na minha carne... e não sai. rosangela a.
O ser dito humano, tem se encontrado tão superficial que banaliza todo comportamento que vá contra sua liberdade ou sua conveniência. Daí criou-se o termo toxidade... O que é toxidade? Ciúmes? Valores? Imposição de "respeito"? Toxidade é agressão física, verbal e psicológica. Se vc se encaixa nisso é bom buscar ajuda. Seja como vítima, seja como algoz. Ciúmes é forma de impor limites que a gente estabelece para não se ferir nas relações, com base nas próprias relações, embora não sirva de nada. Mas é do humano! Já apaguei muita foto, já exclui gente, comentários, parei de olhar para as pessoas nas ruas, eu cheguei num ponto que parecia um presidiário... "Não olhe para o lado", "não levanta as vistas", "não converse", "não respire profundo" o que não é natural de mim. Eu sento no ponto de ônibus, se o ônibus demorar 1 hora, pelo menos umas 3 amizades eu vou fazer. E o ciúme nunca, ou raramente vem de um lado só, não se engane. Saber resp

sopro

algo ascende em meus pensamentos. evolui, mesmo que evite! o calor penetrante de uma mão de carícias, o dourado do dia ou da noite iluminada pelo neon entrando pela janela esquecida. sobre lençóis que não sei os fios e desconheço o ritmo. ainda assim os imagino claros e limpos (ou quase). mas algo ascende em meus pensamentos e observo constrangida o vulto, a sombra e o riso meio de lado como quem espera paciente, e certo do que quer e... * talvez seja apenas um pensamento tolo, sei lá o que acontece! quem sabe um flerte da vida, só para me manter viva. mas algo ascende em meus pensamentos e uma luz acende nesta madrugada ainda tão fria ...uma chama no meu peito quase um acordo entre os deuses para eu sinta a correnteza das águas me levando para o raso e eu desbrave espumas. como um sopro de Zéfiro que me traga o arrepio e me sinta leve, leve... rosangela a.

Do Silêncio e do Encontro

Nunca sei quem ela é pela manhã. Nem ela o sabe e para saber é necessário mais que lavar o rosto e uma xícara de café. Talvez meio Ana Cristina César, caminhando nua pela cozinha, anotando impressões do cotidiano enquanto dança escondida... Ela é a que esquece! Onde estão os óculos, onde deixou os ósculos, em que página Salinger entregou o menino aos murros de um michê, ou em que tarde de outono ela percebeu pela primeira vez o colorido do céu de outono. Nunca sei quem ela é no decorrer da tarde. Alguém que cria, mas que foge de tudo que a compromete, ilustrações inacabadas, já que arte ela não consegue delimitar. Ela é carne exposta! Já se disse Ceviche de humana, crua... dura de quebrar os dentes! Mas mentira... Ela é só amorosidade! Pode perguntar por aí. Sei bem quem ela é a noite e isso complica tudo... Pois na noite ela é incertezas, uma voz gritando no silêncio contra o ventilador, como um despertador alertando a hora do repouso até que um murro lhe acerte e ela permaneça acorda

Desvio

Olhamos a beira do abismo e nada vimos. Nem o medo, nem o obscuro. Apenas o eco desprezado de uma fria madrugada. Nenhuma coragem insana, nenhum pavor atrofiando o corpo inteiro. Olhamos o horizonte e notamos a tênue linha escura que contrasta entre o céu e o oceano. Olhamos quando só resta o vazio. — O vazio é apavorante? Olhar o intervalo entre uma nota e outra ... Que antecede a primavera, a reparação das estações férteis e ensolaradas. A mulher grávida, A prenhez do renovo. — É quando tudo ganha sentido. — O reflexo nas águas! — As flores preparando as frutas... — Estamos mais sóbrios agora... Didaticamente mais educados? Acho que não aprendemos nada. — Os meninos que sobre os livros debruçam seus peitos trazem a esperança de dias de longevidade mesmo que estejamos todos condenados a tempos escassos. Mas certamente eles superarão tudo isso. É importante acreditar no azul, no verde, no vermelho aquarelável sobre o papel esparramado. Toda arte é importante e em dias de luta parece re

sem títuo

eu queria escrever sobre amor. dimensioná-lo em palavras, depois formatá-lo, alinhá-lo a esquerda da margem ou ainda justificá-lo. encontrar uma fonte adequada... como? me sinto querendo encaixá-lo, enquadrá-lo. e isso de dimensionar o amor me faz pequena pela ousadia de tentar apequená-lo. é phoda querer controlar algo tão livre e extraordinário, impossível ...além de tudo é bem brega. rosangela a.

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