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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

tantos anos

algo da infância contida, menina triste que fora guardada dentro da pele,  ao lado esquerdo do peito. nada da mocidade rebelde de um dia. hoje asas da liberdade adquirida?  - não. apenas o livre arbítrio. hoje também serena, enquanto espanto! de  milhares de tons de aquarelas espalhados dos tendões dos pés, até as pontas - dos fios. ao esbranquiçado de meus calcanhares - lixa. às unhas quebradiças  - vitaminas.  à coluna enrijecida  -  yoga. para a mente povoada  - medito. e é agora que a vida acontece? - sim... quando tudo começa a ranger no templo que me abriga. sem medos, sem dobras me volto às pazes com a divindade que me habita. tudo é grito... é rito... delito, tudo é finito ...enquanto eternizo como armadura  versos inquietantes e alguma lira. rosangela a.

No vendaval da tua vida

Faço parte deste vento frio que açoita minha face e a faz arder.  Eu volto seja doloroso ou não - o vento frio na face, as marcas deste açoite - Eu volto pela persistência e a coragem de saber que prosseguir é uma opção. Não importa o quão longe estarei amanhã, pois intento ficar.  Me importa, fazer parte deste vento recurvo, aflito ao seu lado.  E você se pergunta, o por quê?  Por que o amor legítimo se faz também nos pesares, quando nos damos as mãos coadjuvantes. Quando intentamos não só o prazer e sim o todo. E o todo de alguém nunca é deveras afável, favorável. O todo é tudo mesmo, é o bem e o mal da gente. Não há ponto de fuga, nem cabe resistência. O que está determinado, determinado está. Mesmo que o tempo traga outras vidas para compreendemos que um olhar atento, facilita o entorno e o dentro. O vento passa! Enquanto não, a gente domina... Juntos.  rosangela ataíde

violar-te inteiro, amar-te devagar

eu mordo tuas coxas mas a carne é dura, então mordo teu membro ingenuamente, quase sem querer. não me culpe por violência doméstica... não, não! tenho as marcas de tuas mordidas na nuca e nos ombros. tuas unhas tatuaram minhas ancas. será que um dia sai? meus cabelos ainda pairam por ai  em algum canto... nenhum delito até aqui. delito é o silêncio e raramente silenciamos, embora eu fale mais que você,  durante a tarde e te silencie quando abro as pernas enquanto você distraído se desconserta e tente rasgar minhas vestes. ainda sinto você  deslizando os dedos sobre meu dorso até encontrar os montes de meus seios  e preencher minha boca como quem quisesse me calar enquanto alucino. há uma fricção, uma fixação... tesão? sei lá! cena de tv, cinema pornô ...  com aquelas luzes neon de seu computador e a sombra de nossos corpos na parede. mas nada me é mais prezado  que quando você, interrompe o gozo por mais um tempo para que se prolongue o efeito do mesmo. um prazer a mais, um prazer maio

larva da palavra

  a língua, larva da palavra esconde o monstro alegórico entrelaçado na garganta. escancara a boca de quem não se permite dizer nada além de palavras tristes, cansadas, pois tudo é cansativo a quem desiste. e eu lamento! eu ficaria triste. triste não... perplexa, se não houvesse o que dizer na hora do jantar em que eu sou servida viva, dentes a mostra, carne crua, cheiro que inebria. e necessário dizer tudo o que foi omitido, bobagens que provoquem risos, é necessário falar do dia, da canção preferida. não diria nada aos tolos, de certo me calaria diante do medo que arrisco trazer na bagagem, mas do meu silêncio nasce algumas rimas sem lira, às vezes cheias de ira, às vezes cheias de alegrias. minha língua anda inquieta e talvez por isso ando aflita. meus nervos a flor da pele estão me deixando exausta apesar de ficar calma e limpa diante do amor sonoro que vivencio. eu trago a paz, e alguma lucidez ainda me resta, pois muito enlouqueço nos dias de ira. eu trago a paz entre os dentes q

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