tenho meu coração entregue a ti pelas palavras. como se o segurasse na palmas das mãos, e ele pulsasse por elas, e como estou ao chão, necessito cuidado para que ele não se contamine neste solo profano. pois que sou verbal e pouco importam os signos aos quais recorro nesta coreografia de cali/grafias onde pendem ao ar dizeres que bailam sobre meu desespero, sobre meu desalento, meu afeto, e minha necessidade de estar em ti. *** é pelo que somos, [apenas pelo que somos que essa expansão se dá de início, dentro da pele, tão carne e terrena jogada neste solo fértil e repito profano, a saltar para esta margem sem sangue... éter da escrita quase esgrima que se dá entre caracteres é por sermos humanos, [é por sermos vida mesmo que nos percamos pela vida inteira e não possamos nos sentir um pelo outro, e sentir um pelo outro é entender o que o outro sente. é violentar o espaço sagrado das emoções insurgentes quando queremos fugir ao verter sangue entre as pernas ou lágri