Este sorriso meio bobo, um pouco discreto, meio de lado, não tem nada da menina que fui. Era criança de pouco sorrir e muito sonhar embora ainda seja sonhadora, entendi que devo rir sempre. Rir de tudo que for graça, que for maduro, estabelecido como regra, ou que seja utópico, supérfluo. As regras são todas patéticas, aprendi isso com a morte. Não o uso para esconder nada, mas sim para me mostrar ao mundo, um riso meio anarquista, às vezes sarcástico, se duvidar até ácido. A mulher que me tornei aprendeu que nada vale ser sério. De que adiantaria ser séria? Fala a verdade, sorrir nos torna mais leves. Alguém cheio de Graça! — Felizes são os anjos quando fazem algazarra no céu para quem crê, felizes como se lambuzar na gelatina vermelha. — Num filme de terror estilo Annabelle? — Dos micos no tempo de escola. — De comprar vassoura na venda da esquina e vir fingindo estar voando nela? — Rir só de olhar a pessoa. — Rir de estranhos na rua? — Rir de nerv