Amor, o amor é frágil, e toda robustez o sepulta. Nós vibramos na mesma escala com as cartas abertas sobre a mesa e a cama pronta pro embate. Nos equilibramos na mesma corda, bambos. Entre uma queda e outra nos seguramos. Faces opostas de uma mesma moeda, valores em alta, propensos a queda. Apertamos o nó da gravata ou do echarpe, sufocamos ao extremo, nossas coleiras, domesticados. Depois desatamos o laço, fluidos emaranhados, não aceitamos a falta. Ainda agora percebi, segue-se novo desafio... Agora temos o uso obrigatório de máscaras e você se nega a usá-las por puro disfarce. Preferes o muro interno que te protege? Nós dois estamos desfigurados! Não percebestes? Nos falta confiar, e sem saber se devemos, perdemos a linha pelos infiltrados que não nos pertence, mas nos tira o foco. Uma hora o amor eclode/explode, vira correnteza e nos arrasta. Talvez nessa hora estaremos de mãos dadas... Talvez distantes, buscando a morte na completude entediante. O amor é um pêndulo no divã, sab