11/09/19
caminhar suave pela areia no fim do dia mirando as primeiras estrelas que despontam no céu de anil, mesmo com o rajado coral e lilás desaparecendo no horizonte. me assusta!
algumas mentes estão estáticas assombradas pelo medo da revolução do tempo e esquecem a história do gigante colossal e talvez até a desconheçam.
outras querem enfrentar a correnteza das ondas que as arrastam para o fundo.
nossa terra teme o vermelho do sangue da madeira que queima na floresta. teme os ditos arruaceiros que enxergam no horizonte a democracia num navio que afunda a cada ato insano dos bajuladores insensatos do poder.
me lanço a falar mesmo que em letras miúdas, para quem sabe ser ouvida.
mas aqui ninguém me dá ouvidos.
estamos todos dormentes?
miseravelmente anestesiados, vemos a liberdade do' que nos representa, sem perceber o concreto armado, medonho dos soberanos para denegrir nossa estrela, e nos sepultarmos em novo golpe que armam em seus covis.
e necessário ascender a brasa deste vermelho, antes do novo dia e antes que o navio da democracia afunde neste mar de hipocrisia.
ah poetas, aí de nós!
quando for tarde não haverá megafones, faixas, cantos, nem sangue nas ruas... pior será nosso sangue esquecido nos porões infernais que os loucos nos preparam às escondidas.
o fundamentalismo verde e amarelo que nos teme acabará nos lançando, não no vermelho de nossa causa, mas no vermelho de nossas veias.
que seja então para a Paz nossos gritos e a mão erguida em punho.
rosangela ataíde
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