Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2018

moradia

e se fosse parto e se recriasse casa? e se tornasse ego cego, cego. cego... alguém probo, cheio de graça? e se fosse o elo de uma corrente, e ficasse fraco e se rompesse? ... até não ser nada. nem memória, nem existência, nem zelo? rosangela ataíde reeditado.

inconsciente II

amanheceu e eu ainda deslizava sobre o mar que estava muito sereno, e sobre o mar algumas nuvens riscavam o céu azul clarinho. acredito que tirei um cochilo. ao fundo vi uma jangada com uma menina, nadei até ela preocupada, notei que apesar de ser alto mar, era raso ali, tão raso que a água vinha apenas até os joelhos. a menina me olhava fixo e possuía um caderno brochura e um lápis, ela me disse que estava me esperando para ensiná-la a escrever sobre o tempo e os dias. com cui dado subi na jangada e me sentei junto a menina, peguei o caderno, vi que ela tinha algum conhecimento então comecei a auxiliá-la com a escrita. ambas estávamos felizes! eu não me preocupei quando percebi a menina mergulhando e se afastando de mim e fiquei só, com o caderno na mão e a jangada... a menina se fundiu ao mar no mesmo momento em que percebi que o mar era eu, e eu era a menina. suspirei profundamente e me sabia perdida. mas havia em mim uma Paz que me fazia vibrar, pois me percebia parte de

inconsciente I

nadei uma milha durante a noite. a água escura fazia meu corpo cintilar num tom meio azulado. eu queria observar as estrelas e que nada lhes ofuscassem o brilho. no céu uma tela, ou teia, se estendia brilhante diante de meus olhos. algumas crianças faziam algazarra em alto mar. tentei salvá-las, e elas fugiram rindo de mim, pareciam não me quererem por ali. nesse momento tive medo por mim e por elas, mas já não sabia diferenciá-las de mim. mergulhei para sentir onde dava pé e era fundo, fundo e escuro. emergi e as estrelas eram tantas que queriam despencar sobre meu colo, como se eu suportasse toda aquela luz, num único lance! decidi voltar flutuando sobre as ondas com o céu a me guiar, era eu uma vela que deslizava sob estrelas que me sorriam na escura noite tão cheia de sentido. queria ser estrela. ¹mudo convite. rosangela a. 1 parafraseando Ana C. Ilustração achei na Net, posto autoria caso a descubra.

Seguidores