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Mostrando postagens de setembro, 2018

Memorial

Às vezes aos pássaros, não convém o pouso.  É melhor largar-se ao acaso e perder-se no azul infinito do céu, até que num cansaço, uma arvore lhe sirva ao ocaso.  Quando perdura a fadiga, o que cabe ao homem? Deixar-se leve?   Permitir que aflore as incertezas, as nuances de vermelho e sabores de pitangas que o tornam apto a vida. E jogar-se de cabeça no choro e no gozo, na solidão e no consolo dos abraços, nos medos e virtudes das amizades... Crescimento é prova, é lida dura, cabe apenas lançar-se a esta trilha chamada viver.  Eu quero esta divindade da dor ao gozo, do sadio ao insano. Quero o extremo e o sensato. Quero o que me pertence ao máximo. Tudo, tudo o que me for permitido, eu quero! quero um jardim de flores que matizem minhas lembranças, que tragam os perfumes das primaveras que vivi. sutilmente em cada flor deste jardim das minhas vontades quero minha essência e uma brisa que se lance  aos meus... no memorial das minhas emoções rosangela ataíd

bom senso

se corro é que o tempo ainda me sobra... e tenho suor, e tenho sangue, e sou regada pelo sereno da madrugada quando acendo meu cigarro, ainda que me mate. se corro é que demora o fim da estrada e anseio o fim, ou seria a chegada? o tempo passa mirando a minha face, quase me esbofeteia, e me deixa aflita quanto ao futuro que me aguarda. já quis colo, já chorei no meio do caminho, já tive braços quando empaquei sem saber, quase asfixiada. a linha é tênue, o tempo limitado. a carne é débil quando me despir da vaidade.

Geist

Lu Cong esculpidos nas rachaduras do deserto e nas cheias de nossas almas assim somos remendados. vez por outra, apedrejados na delícia  de viver o pecado... e ainda que alimentados pela mentira, ha a verdade e nos alivia. talhados somos para viver no céu de amar ...em outros instantes cercados estamos no inferno dos que nos rodeiam. espantalhos! no fim das contas,  somos todos forjados no fogo, é aí que virarmos centelha quase nada! e neste quase nada tão insignificante encontramos nosso valor ...aonde paira nossa alma. rosangela a.

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