teu corpo de água-desejo de "tantas, tantas" deusas lacunares a canibalizar-te onde te digo... e te consumo todo estou à procura do embriagado de teu contorno sombra em baixa luz força bruta que me manipula num paradoxal, corpo-desejo sedento - de quê? te procuro onde não sei e te encontro entre as mesmas deusas da lacuna num aguaceiro, só e me derramo ao querer dizer-te - bem te quero ou te derramas ao querer dizer-me - bem te quero, também talvez para apenas te dar o meu toque em teus cabelos úmidos em desalinho - talvez apenas carinho talvez algo tão quente que viremos vapor nas vidraças para que o mundo lá fora não nos saiba ...te vejo na próxima curva daquela estrada de mão única sem retorno, onde ainda não sei com que roupa me despir no mesmo ponto de encontro onde trocamos poemas e fazemos... um dueto? tome aqui um suave beijo... bom dia, poesia rosa a. imagem: Olga Vaikas