Ah esta palavra na ponta da minha língua! Saliva quente que desliza o teu clitóris rijo até os lábios ficarem dormentes. Nesta dança nua que desconheço o passo, tem essa boca rubra a qual meu seio se oferece teso. Meu útero estremece diante da fêmea alucinada que sou e pede paz, uma leveza, um toque suave que me leve ao gozo quase que lentamente, como numa dança em que não se ensaia os passos. Eu danço... alguém dança comigo? Talvez alguém dance por mim. O efeito que um corpo produz nunca é o mesmo que outro corpo. Cada ato tem um passo, uma canção, um vapor, um desnudar, uma pele, um arrepio... /Há os que digam que sexo é pura coreografia e neste alto de amar, eu discordo e creio ingênuo o pensar. Despidas entre carícias, entre cabelos cingidos a palavra na ponta da língua tornou-se frase, e sonora sussurrou mordendo minha nuca revestida de saliva e suor... — Pecado é não amar! rosangela a.