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Mostrando postagens de abril, 2020

poema para ver o mar

naveguei canoa  entre marolas fui remo naveguei pesca traineira tarrafa  molinete naveguei rio que corre afluentes pedra polida nas correntezas deslizando águas salobras naveguei vela cortando ventos tempestades brisa vejo ao longe o horizonte o mar em sua imensidão portos e faróis a me guiar encalhei a beira do abismo rosa a.

shot distortion

talvez você devesse revirar meu lixo para decifrar eu, pessoa, gente é verdade que meu lixo denuncia meus podres tem meus detritos misturados a minha alegria tem minha ansiedade nas guimbas manchadas de batom  meu desleixo nas pilhas de maços vazios minha miséria no tubo de pasta espremido minha angustia nos maços de cabelo que cato pelo piso minha infância em embalagens de pirulito minha alergia nos em lenços e embalagens de Vick minha chaga uterina no papel ensanguentado alguns rabiscos escritos, uns pincéis de cerdas endurecidas eu deveria olhar atenta debaixo de sua cama talvez eu mirasse  mais do homem que não decifro entre as embalagens de Bis e pratos de macarrão vazios talvez assim eu entenderia quando você silencia e me deixa muda sem saber nada além de zelo, carinho, vórtices e vertigens rosangela a.

desatinar

estou pronta à desertar as malas no  canto empoeiradas a  dias me fitam me falta um destino uma trilha uma fresta me falta desatinar rosangela a. da série drágeas poéticas

Sobre ser Pedra, Sobre ser Mar

Ser pedra é fácil! A receita perfeita é ignorar. Ignore a tudo, até a lágrima que você está segurando aí no peito. Ignore a malícia, a dor, a alegria... Até que não sobre nada a ser ignorado, justo que você foi sua primeira omissão. Ainda sobre ignorar, ignore também os dias de aventura e os dias de ócio. Esqueça os ósculos dos finais das tardes. Esqueça o tédio. Seja pedra então. E não se esqueça que a pedra perfeita se prosta no meio do caminho. Fique firme e tema apenas as corredeiras e qualquer filete de água. Pedra! Sobre ser mar é outra história... Não há receita ou padrão a se seguir. Talvez você deva seguir o tempo, o clima, o entorno. Derrubar as pedras é enriquecedor. Submergir ilhas é de total importância. Sobre ser mar é imprescindível saber desaguar, alimentar nuvens, esfriar vulcões, lapidar pérolas, alimentar aves. Ser mar é ser sal, é temperar a vida... Nutrir! Ser mar e catar cada lágrima que se derrama sem obrigá-las a ficar. Ser mar é grandi

Só Observo

O MUNDO ESTÁ FICANDO LOUCO? Acordei assim... Achando tudo de ponta a cabeça no mundo, enquanto eu observo.  A resposta para minha tola questão não podia ser também mais tola, e ela vem em forma de outra questão... " —Querida!!! Quando foi que não esteve?" O mundo é louco, como um reflexo da loucura humana , eu estou envelhecendo e meu olhar sobre o mundo está mudando enquanto caio na real sobre a vida humana, sobre "pessoas". Meu olhar se choca numa realidade bruta, cruel, mas principalmente romântica. Há uma grande mutação enquanto olho a vida numa esfera de ingenuidade, mas aos poucos eu estou abrindo os olhos com a consciência de que não enxergo mais como antes. Mas sei quando a aniquilação do respeito vem se aproximando. QUANDO FOI QUE DEIXAMOS O AMOR MORRER? Não estou me queixando, estou nostálgica de um tempo onde as pessoas que eu conhecia se deixavam afetar, éramos todos juntos e misturados em nossas emoções e transparecíamos claros em

Uso

o beijo escorreu da minha boca até a tua o beijo meio sado meio insano chegou até a lua percorreu dias afins tornou-se insone da rotina. o beijo que agora nos falta o uso. rosangela ataíde

Iluminado!

Iluminado! A saudade não conta, a dor já não lamenta, O amor? O amor nem sempre suporta, mas enfrenta... O tempo de cada um de nós. mamãe

in Mara

...ao sabor quinina deste coagido ser que se entrega  a dor e amofina. violenta a saudade! abusa da tristeza  vagando pela sala alternando o canais  na tela de plasma    não crê    o que se vê não crê a falta da voz que chama "mãe" a falta do cheiro pela casa. a dor no peito que amarga não te cai realidade     suave estrila ao pranto    este aDeus em desencanto    esta parte azeda, que aos dias destila isto é tristeza portanto. rosangela a. página de um caderno triste/2011

tristesse

- imenso amor... imersa na dor desboto as cores - vívidas dispersa no mundo que a saudade, ai tudo o que deixamos para trás ai... ai imenso amor... passou tão jovem por esta avenida, imerso na dor não sei se digo sobrevivo ou se digo cada dia o quanto morro deste alarido que meu coração suplantou rosangela ataíde

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