a mente povoada não tem sossego algum




as palavras brotam e muitas vezes não sei o que fazer com elas

uma árvore bailando ao vento já me causa reboliço;
uma folha morta, volta a vida, ressuscita

me causa uma gastura terrível, em compor algo explícito, indecoroso, sobre o piso

lembrar pessoas, tempos, estadias, diálogos que imagino e nunca tive.
nada me sai puro da lembrança e não tiro do pensamento a "coisa" até que a destrinche em palavras:
a arranhe com vírgulas,
a grite em caps lock,
a grife de adjetivos

mente povoada, estante de alegorias;
cada tragédia em seu tempo, cada orgia em sua caixinha, cada objeto pelos ares, conversas insanas sobre vida, morte, libido.

dormir, só depois das 3:30
quando os bichos sossegam, logo após 4 gotas, do benzodiazepínico

...mas confesso,
às vezes durmo tranquila depois que transgrido as regras gramaticais, ortográficas, poéticas e torno público, esta gente toda, estas coisas todas.

eu quase inteira. ou algo totalmente fictício.

rosangela a.

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