via iris



tudo aqui é
uni/verso

ainda que seja
reverso
meu pensar
as perspectivas
dos anos
que variam

em minhas iris
constelações ganham rostos
e eu miro o céu noturno
para identificar
semelhantes
ou algo dos semblantes que se apagam

mesmo a parca lembrança
do traço
que não quer saltar e
e em meus olhos
provoque uma cegueira
de autosabotagem
pois além do que se vê
há efeitos colaterais
que incoisncientes
provocamos
no corpo
que a todo custo
dribla o que o mata

cada ser
multiverso
adverso
a própria existência

mira minha iris

e não se apegue a tristeza
ao redor dela
eu sei que o entorno seduz
com um timbre
uma derme
um perfume
um pedido de socorro
e um sorriso que engana

mira minha iris
dentro dela

e se como eu
você observar constelações

eu saberei que esta angústia
não está me enlouquecendo
e sim que a poesia me entorpeceu
ao ponto de me desvelar
por inteira
em involução

e de me compreender expansão
universal
além das estrelas
que meu limitado aparato de enxergar
me permite ver

mira minha iris

você pode se encontrar dentro dela
ou quem sabe se perder

rosangela a.

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