cais
escrevo poemas em mastros
de embarcações
que em mim atracam
guerra
Paz
zona proibida
imprópria à grandes embarcações
ancoradouro de pequenos veleiros,
saveiros e traineiras
tem horas que só os pássaros passam
tem horas que alimento um pássaro
perdido que trás ao bico um ramo
de promessa de vida
as tempestades me causam danos
reparáveis, nada sério
tem um farol no alto da colina
que me, alerta
—Terra à vista!
mas na verdade, sou ilha flutuante
pós horizonte
de toda a paisagem que me cerca
há uma submersa, oculta,
ninguém vê
mas que me fala de amor
mesmo sem fazer uso dele
...só pela existência
uma jubarte, que ao roçar suave em mim
me balança as estruturas
rosangela a.
Comentários
Postar um comentário