pranteia


vertente esta alma
pranteia
silente
colecionadora de agruras
faminta carente

e mesmo quando grita
sufoca o que sente

ah, o brado

quem dera esta alma
regurgitasse
um brado expectorante

contudo haveria liberdade
à esta alma combalida
que do parto ainda ressente?

o que haveria no brado
além do sonoro ato
vociferante?

deixe à esta alma o pranto inocente...


Para João Filipe com amor.


Rosangela Ataíde

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os Despossuídos de Corpos

interno e final

O CONTO DE UM ESPETÁCULO SEM GRAÇA - Roteiro