estava firme sobre meu salto 10, consciente, mas estava alí por um motivo e iria até no fim. ainda tinha forças para segurar minha bolsa, os joelhos fechados e até mantinha uma distância segura daquele outro corpo ali gesticulando, falando e, me querendo e que eu queria. pelo jeito que ele me beijou no portão, na escada, na varanda, percebi que ele sabia o que fazia, um amante nato. no quarto ele se conteve. espertinho ele! no quarto qualquer atitude estranha acabaria com um atentado ao pudor, um abuso, uma brochada. ele era bruto e se fazia de doce, um mafioso do amor. eu tremia e pensava no quanto queria estar alí, mas tinha medo. não que fosse pessoa de recato, mas é cada notícia que se ouve sobre encontros marcados pela internet, e aquele ambiente escuro, estranho, dava um certo pavor. o homem bruto, cabelos por cortar, pés descalço... sorria! parecia feliz e parecia quente, eu sentia toda aquela ebulição de gente manifesta naquele espaço pessoa. homem eu diria... homem! eu sentia
Comentários
Postar um comentário