olá terráqueos



caminho num espiral
de palavras ditas atrás das frestas

tento encontrar o som e a saída
nesse paralelo sem eco
pois o som não se propaga no espaço

não adianta gritar
quando a sonoridade é abafada
e dói
quando as palavras são tatuadas no peito

não é por caridade,
amizade ou medo...

é que o espiral se expande a cada movimento 

minha espiral sem som
é ornamentada de mentiras 
onde me perco entre
estrelas magnéticas

estou perdida no espaço,
estou jogada no vácuo

...mas vejo ao longe um buraco negro 
de infinitas possibilidades

rosangela a.

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