NO TE CALLES MUJER
Ouço as vozes cortante dos que vagueiam minha inocência na vastidão da liberdade que corrompe os homens nus e dispersos.
Ontem eu falei de saudade, de medo, de indigência... abri meu peito aos tolos improváveis que laceram minha alma sem nenhum sentimento.
Hoje trago incertezas, o seio a mostra, um punhado de coragem na mão esquerda que escorre como em uma ampulheta do destino que espreito sem saber ao certo se devo.
Minhas mãos vageiam os cabelos negros e emaranhados, como açoite por não saber o caminho torto que o amor percorre ao coração aflito e dorido de quem não sabe o valor de amar.
Ontem, quando eu sorri, trazia comigo a esperança, uma ternura irresistível e uma promessa de seguir. Hoje eu acordei. E canto um lamento triste, de quem vê as malas arrumadas na porta
...Ainda hoje hei de chorar.
Rosangela ataide
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