Olhos de Mel
Passou a vida mirando os Olhos de Mel arredondados pedintes. Queria ali nos olhos, encontrar amor, que tornasse seu coração mais tolerante, caridoso. Junto aqueles olhos haviam também lábios vermelhos polidos por um sorriso brilhante, uma face pálida de bochechas coradas e macias, uma vozd disfêmica contrastante.
Nada percebia ali no entanto. E os Olhos de Mel se entristecia e lacrimejavam carentes... Sobretudo permanecia a doçura. Mas o amor? Este não encontrava. Havia naquela busca algo que não se dizia, ficava oculto no sentir, este algo sem palavras e por não ter palavras não se definia.
Passou a vida a contemplar, aqueles olhos, aqueles lábios, aquela face, aquela voz - amor, amor - ... Amor não lhe ocorria.
Até que um dia algo aconteceu, após alguns lamentos disformes. As disfêmicas palavras moldaram aquele algo que não se definia. Cada dia mais a cor daqueles olhos faziam mais sentido, o formato daqueles lábios diziam algo mas valioso e poderoso, e aquela voz se entendia: - amor, amor -!!
Descobriu-se aquele algo que não se entendia, então... Por Amor. E o amor passou ali entre ele eos Olhos de Mel sorriu, chorou de emoção, ergueu as mãos espalmadas e anunciou a partida. E se foi os Olhos de Mel em adeus silente. Levanto consigo o amor compartilhado que conquistou, este Amor que se fez eterno.
Passou a vida procurando nos Olhos de Mel o amor e quando enfim o percebeu, os olhos a deixou, deixando sua herança... O Amor verdadeiro!
amor, amor
pediu
sem nada ter
amor, amor
pediu
como perdão
pedisse
amor, amor
esperou, esperou
e ao mínimo do amor obter
agarrou-se como pipa
e voou livre
abastado deste amor
para B.
mamãe
pediu
sem nada ter
amor, amor
pediu
como perdão
pedisse
amor, amor
esperou, esperou
e ao mínimo do amor obter
agarrou-se como pipa
e voou livre
abastado deste amor
para B.
mamãe
rosangela ataíde
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