íntimos
às vezes fazemos amor com palavras.
carregados por toques,
- sem penetrar corpos, apenas minha língua
bailando no céu de tua boca.
só é permitido penetrar fundo nas coisas que sentimos.
não foi de imediato que percebi
que assim fazemos amor de verdade
quando tiramos as máscaras do pudor,
as vestes de nossas mentes
e fitamos olho a olho nossas verdades
contadas em nossas histórias de vida.
o gozo é certo quando rimos
ou ainda quando eu mais emotiva,
embargo a voz e marejo os olhos
e você usa seus dedos para secá-los
de qualquer tristeza atrevida.
o amor tem nuances desconhecidas...
uma palavra preliminar,
um corpo a deriva,
um suspiro aflitivo de quem não sabe o que dizer tendo muito a contar.
o prazer de saber ser feliz do nosso jeito,
até cairmos adormecidos com os pés entrelaçados...
totalmente íntimos.
rosangela a.
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