observadora...

 


o eu delírio
segura entre os dedos
o lençol e quase grita

se entorpece em sua nudez pálida
entre o azul claro
e o negrume de noites estreladas

mira distante meio míope
e torna-se viajante entre mares
nada nas correntezas imaginárias

o eu sóbrio agarra os lençóis
mira ejaculações
manchas de sangue

sem viajar nenhuma légua
apenas mira a verdade
silente

entre delírio e sobriedade
tem um coração pendurado no varal
quase seco

rosangela a.


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