animus
amar um homem no homem.
em toda obra que cabe ao homem,
além da medida da envergadura de sua asa.
amar um homem que se torna homem.
no pesar do queixo por vezes trincado,
o semblante tenso...
amar o homem
que se desdobra no sorriso menino
e que desaba com os olhos marejados escondidos.
amar um homem nos dias cinzas
ciente do vendaval que o dissipa,
não apenas os dias... o homem.
amar as vistas pairando sobre ti,
as poucas vestes,
os pés descalços,
a ironia poética de quem nada diz
quando tudo é dito.
amar sim, o impossível.
e quando se ama o homem,
tornar-se num sentido junguiano
cúmplice desse animus
sem deixar de ser anima.
amar o animal dentro do homem
e observar o criador e a criatura,
ainda que te domine o peso do homem,
a bagagem da vida.
amar o homem e o deus que o habita.
amar o homem apesar do homem que o domina.
tarefa de rainha... causa do sagrado feminino!
rosangea a.
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