meia luz
render-se a meia luz
desta vela que se acende
sem fronteiras a perceber
que nada nos detém
no velar desta volúpia
a saborosa boca rubra
de teu corpo oferenda
aos delírios que os lírios
lá fora pendem
e nós dois a tremer
a cada mordedura
até a nuca a boca quente
pertencentes à lua que o sol inebria
abrasados pela chama
deste enlace...
a noite geme inteira
rosangela ataíde
Comentários
Postar um comentário