Plantar esferas em tua boca
nua salivar.
Colher afeto em teu semblante
tímido.
Catar teu olhar sobre mim...
Longa espera.
E agora, quando chega a estiagem
E por aqui sequer garoa,
eu perco o timbre,
a voz, o ar!
Hoje língua que não me procura,
Palavra sem tom.
Sonoridade nenhuma.
Palavras que engulo a seco,
novidades perdidas,
junto as vestes esquecidas em tua cama.
Derramo em teu corpo ainda...
Toda palavra que nos cabe!
Mas aos poucos eu silencio.
E é triste silenciar
Quando tenho tanto a dizer.
rosangela a.
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