red line
na cama que range, tem meu suor impregnado.
um pelo se agarrou ao veludo que cobre a pele.
há um apelo de retorno e um certo medo do contorno.
mas o que se faz quando se entra num labirinto que só tem uma saída,
e se perde entre caminhos de ilusões?
cena 1:
luzes apagadas na colina.
nenhuma corredeira.
no asfalto, silêncio.
o sol se recolheu mais cedo
em seu dia nublado.
as pedras escorrem das frágeis mãos.
e ainda assim as chaves persistem debaixo do capacho empoeirado.
alguém demora. outro alguém perdeu o mapa. outro ainda, perdeu o trem. outros a chance.
confesso... nada é impossível, ou tão possível quanto parece.
cena 2:
alguém abriu a porta e tirou a máscara.
te contei que Perseverance pousou em Marte?
"Rover Perseverance"!
não direi quem escreveu este poema ordinário...
- que coragem! ou seria couragem?
perdoe... último dia de Mercúrio retrógrado.
rosangela a.
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