estamos sós
estamos sós!
perdidos no vazio e não adianta gritar.
o amor se foi às 1:20 da manhã deste domingo.
...se alguém ama,
conserva teu amor quentinho.
vi o amor se esvair
como os 3 últimos cigarros de um maço vazio,
saiu pela porta no desbotar do lençol preto, 100% algodão que desbotou nas tentativas de deixá-lo limpo do excesso de uso.
agora, sozinha me pergunto onde vamos amparar nossos corpos?
onde pousaremos nossas línguas
após as novidades do dia?
o que será da gente?
o que será das crianças quando o amor partir de malas cheias?
e desde já eu peço perdão a elas...
– perdoem!?
eu não consegui seguralá-lo,
não tive condições de mantê-lo,
eu tentei recria-lo,
mas é I M P O S S Í V E L amor sozinho!
reconheço meu erro...
ele partiu exatamente quando deixei de crer nele e o imaginei eterno, capaz de suportar os revezes da vida, mas o amor é delicado, necessita cuidado.
o amor necessita, pede credibilidade e talvez não tenhamos nenhuma.
lamento o mundo sem amor, a ausência de mãos sobrepostas, a falta de abraços, de empatia.
talvez ele volte, sabe?
quem sabe se encontre uma solução para que ele retorne, ou quem sabe algum resquício dele tenha ficado por aí, uma migalha, uma semente talvez!
quem sabe se a encontrarmos, ela germine, e ganhe ramos, e floresça, e crie outras sementes, e teremos uma floresta em copas e o amor venha renovado, começaremos de novo, amorosos, brilho no olhar, admiráveis!
é importante dizer uma coisa, e eu tentei omitir...
precisamos de amor para que perdure a vida. ainda não aperfeiçoamos a criação em tubos de ensaio, ou afeto em comprimidos.
lamento o ocorrido!
rosa a.
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