João e Maria
podemos correr o risco!
a claridade do sol abrindo trilha entre os espigões da cidade
queimando as retinas,
mostrando o caminho de nos aventurarmos rumo a uma estrada nus,
num carro conversível.
podemos correr o risco!
traçar a faca nos punhos, pacto de sangue - meninos.
traços finos de tatuagens toscas
coloridas que se complementam entre um corpo e outro,
o meu ao teu.
abrir sulcos entre palavras usando asteriscos.
eu me prometo... você se promete...
deixar nossos vestígios
por aí...
restos de fogueiras,
sêmen,
pelos pubianos em colchonetes de acampamentos... sabonetes?
correremos o risco, o traço, a linha,
o rastro que nos ata e desata o mundo inteiro de nós... universos!
veja bem...
começaremos meio punks, um pouco rajneeshs, hippies quem sabe?
até nos tornamos xamanistas numa selva onde ao invés de bruxas
deusas nos serviriam seus chás
doces delírios.
e girassóis,
apenas os girassóis seriam nossas bússolas rumo de volta à luz.
e quando a noite chegar a lua tornará prateada nossas dermes,
para que não nos percamos nesta trilha vasta...
não, não, digamos nefasta de
...amar?
e amar,
e amar...
que arriscado isso de amar não é!?
rosa a.
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