sabemos
sabemos
somar os afetos
ouvindo canções antigas,
contabilizar os corpos
enquanto se perde o trem
a nave.
viver traduz a soma de tantas vidas
e estamos enfileirados
uns grudados aos outros
sentados na arquibancada da luz
pelo sol que ilumina.
- às vezes o sol dá lugar a lua
que escurece o lado ofuscado do anfiteatro,
as vezes as estrelas
salpicam brilhos como vagalumes,
às vezes só há negrume
quando as cortinas encerram o espetáculo.
não dá para fugir
e inventar, e reinventar retornos, curvas
enquanto estamos ancorados um no outro
ainda que muros de orgulho nos desvie.
rosangela a.
Comentários
Postar um comentário