Inculta, eu! - 22/12/22
Abre se a porta que pode te levar ao desespero, ou não, se você sabe quem é de verdade. Inculta, até que gosto de me ver assim, se não fosse o cinismo e o ego ferido por trás de tal afirmação, nem me afetaria.
Essa porta é multi colorida e assume várias formas... Afinal como explicar, e será que devo?
Acho que ser chamada de inculta num conceito eurocêntrico é até patético, afinal toda nossa cultura se permeia nessa base.
Qualquer um de nós tem o potencial de sair por aí arrotando frases feitas de filósofos gregos e seus estudiosos, os mitos também, aliás garanto que qualquer criança tem potencial para tal feito. E aí entra outra questão, a questão da autenticidade. É autêntico ficar emaranhado nesses conceitos de percepção da vida? Por mais grandiosos que sejam, eu acredito que eles venham para nos levar a evoluir além deles próprios. Afinal, são bases, não leis de viver.
E para falar de autenticidade podemos pensar em Lavoisier na famosa frase (e aqui me sinto num arrotinho bobo pela frase feita)... "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Hum, então não sou autêntica ou faltou autenticidade em algo que você sequer leu, ou provavelmente não entendeu.
Posso dizer que nada aqui é plágio, mas sim ... A autenticidade entra por uma porta de esquadria de ouro, bem reluzente, pois sou bem atenta ao que escrevo mesmo que seja um amontoado de conhecimentos, experiências, e sim... Tudo, repetindo... "tudo" que escrevo vem de minha alma. Primeiro vem de minha realidade, depois dos meus conceitos até que como disse, alcance minha alma, ou até mesmo algo incognoscível no meu espírito. E assim me sinto com potencial para ter um olhar desperto e poder compartilhar... Ou não caso prefira.
Não me atrai repetir figurinhas dos grandes mestres, afinal os aprendizados que obtive ao lê-los, foi o de ser eu meu grande mestre e criador de minhas filosofias. Prepotência? Não, basta ler meus textos e você verá muito de minha simplicidade, do quanto sou arrogante e e mesquinha, do anseio de atingir o mais puro coração e de trazer à tona algo que possa me seduzir e seduzir você aí que perde tempo para ler e no qual eu possa me emaranhar. Trazer lucidez é minha maior paixão e fico muito frustrada quando encontro uma mente que vaga num mundo próprio, alheio ao redor. Aqui a porta toma um aspecto gelatinoso de várias cores, como as leis universais... Mas isso é outra história.
Incongruente! Aí sim... Podemos falar sobre isso. Talvez eu seja incongruente, e me permito ser e confesso achar um barato, não me manter estática diante da vida. A incongruência aqui entra pela porta de onde vejo uma luz branca, cintilando que me dá Liberdade de experienciar a vida, e experienciar de novo e mudar, mas nunca de voltar ao mesmo ponto. Com excessão dos círculos viciosos de família, escolhas afetivas, essas coisas superaveis em terapia. Mas meu caráter eu confesso que permito que ele vá se moldando (não confundir com ser corrompido), meus sentimentos e os vejo fluindo, minha escrita amadurecendo e olha que legal, num momento qualquer pode me ser favorável deixar que ela regrida ou dê a impressão disso aos leigos, e num haicai por exemplo escrever algo totalmente desconexo, quase sem nada a ser dito e ainda sim ser belo. E ao relembrar que desta porta vem uma luz cintilante, ela me diz que você também é capaz de adentrar nela e se conectar e deixar por terra toda essa frustração que a vida te impôs, e ser leve. No final das contas todos temos nossos pavores.
Eu te convidaria a conhecer essas camadas de expansão, mas é necessário estar aberto e consciente da vida.
rosangela a.
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