antes que o céu desabe
e tudo vire mar, rio, lama, barro
seremos o cântico das águas
o estrondo dos montes ao se diluírem
as rochas ao derreterem-se, o som do crepitar do fogo das montanhas
e não consigo conceber tamanho Eco nos vales mirando espelhos d'água
um cântico profundo do que fomos
poesia submersa
um grito na mata nativa
nossos resíduos introduzidos na nova camada geológica
escrita de uma Era perdida
talvez lidos entre as Beachrocks de um novo arquipélago
nosso peso arquitetônico_ concretos
nosso egoísmo nos viadutos que estancam os fluxos das águas
que para se limparem de nós,
mergulham os rios
nas profundezas de encontro ao magma Terrestre
nossos sonhos perdidos, nossas vidas em pedras grifadas, tatuagens selvagens
primitivas
humanos e não humanos extintos
me desculpo pelo peso catastrófico que deixo
milhares de absorventes que pela minha ignorância
ficarão na crosta mais tempo que eu tive de sangue correndo nas veias (...)
poesia...
preste atenção
... a Vida é.
e estamos matando ela,
rosa a.
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