entre as linhas



tênues livres
cada letra solta
sola, equilibrista

traços
traças

corrompidas
gastas

não me limito no que penso, sinto
então risco

é o risco
na pauta branca
no ponteiro que pisca

sou eu ali
poluindo o nada
com meus desejos e dejetos

— projéteis?

minha necessidade de marcar
espaços, vazios, silêncios
traçar algo contínuo, verdadeiro
paralelo

para/lelas...

linha___________________
tracejo -----------------------------
faixa contínua =============
ultrapasse ——————————
limites
ponto
.

— travessões —
são travessias, pontes

basta os braços, a corda vertebral
esticar
permitir o vento tocar a face
delinear as ondas de nossos cabelos

riscar o infinito de nossos diálogos

lá no horizonte
o mais perfeito limite
que se expande

que a gente não se perca
nas linhas deste poema

*segure esse arreio
ei de voltar
com as curvas sinuosas

rosa a.

fotografia: Roberto - Parma

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