alma vadia
__Alma, aqui estamos...
onda após onda
nas mãos um castelo de areia
para que não desmorone
nosso amor
uma luz fugidia de sol
com cores de arco-íris
tatua sobre o leito
um coração e assim ilustra
esse que dizemos
nosso amor
sobre a mesa uma ampulheta
escoa sangue
não é de tempo
é sobre
corpos
nas manhãs
__transfusão
Alma, o amor não cabe em nós...
não temos mais espaço
palavras perfeitas
ou teimosas
para dizer
dele
__desitimos então?
__nos falta...
olho no olho
olhar na mesma direção
e estamos às cegas
num descampado
entrelaçados pelos pés,
e não tiramos as meias...
o piso é de madeira,
mas corremos nas pontas dos dedos
__vai!
__pois
que o amor é
destino de afetos
hospitalide e hostilidade
matinais
é que não é nosso, aquele amor
que vai...
__destino Augusta...
onde não existe amor!
__onde o amor afrouxa a forca
dos dedos, Alma... a mordaça da goela
e trepa com a insanidade
clemente de amor
__então existe amor na Augusta?
Taxi!
__Alma volta aqui...
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