Caderno de Oferendas - oferenda nº 370
há uma flor que inebria
ao ser mínima flor, um botão, talvez
uma corola ainda a se desnudar
deseja a flor
o toque em seu cálice
um exalar natural de flor
um atrair sem se impor
talvez
pelo desejo de ser polinizada
pelas abelhas amantes
o desejo de existir, perpetuar
sem o saber ser desejo, pobre flor
o desejar em si
há ainda, um mar que maresia imenso
e não se sabe maragem, maré
e além
desconhece o próprio horizonte anil
mas deseja acariciar a linha, o contorno de si
sem saber que tal desejo, pobre mar
o mar, é
rosa a.
Do meu Caderno de Oferendas
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