tempo



estar sempre
a caminho de algum ponto
frente à face
e deixar tudo para trás
pois tudo se esgarça
como um tecido
aquilo que tece em ausência
a saudade
chamam passado
e ele deixa marcas
ou talvez não tenha tempo para tanto e recalque
gosto do veludo, que mesmo gasto, dura uma vida inteira
ele me lembra algo como pele, toques
existe a lentidão
existe a pressa
existe a espera ansiosa do que se anseia
o que foi, ja não existe?
como, se ainda se sente?
o que se faz com isso de sentir? explica o ponto máximo, o ápice?
e o que não sentimos no agora, mas nos define
...existe?
acaso de trajetórias
combinadas para mais tarde
mas que se determina
no improviso de nossos passos de hoje
ou no cardápio de ontem
é um vento
a chuva o passado
o futuro o sol rachando o solo
o presente, dádiva... uma tempestade de areia cortando a carne
ando tão perdida
pintei um quadro onde o vento varre a chuva
que invade a janela
de tão forte, ela se deita
molha minha cama
lava as cortinas de meus olhos
e inunda meus traços
rosa a.


 

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