tantos anos

algo da infância contida, menina triste que fora guardada dentro da pele, ao lado esquerdo do peito. nada da mocidade rebelde de um dia. hoje asas da liberdade adquirida? - não. apenas o livre arbítrio. hoje também serena, enquanto espanto! de milhares de tons de aquarelas espalhados dos tendões dos pés, até as pontas - dos fios. ao esbranquiçado de meus calcanhares - lixa. às unhas quebradiças - vitaminas. à coluna enrijecida - yoga. para a mente povoada - medito. e é agora que a vida acontece? - sim... quando tudo começa a ranger no templo que me abriga. sem medos, sem dobras me volto às pazes com a divindade que me habita. tudo é grito... é rito... delito, tudo é finito ...enquanto eternizo como armadura versos inquietantes e alguma lira. rosangela a.