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Mostrando postagens de dezembro, 2023

libido

estava no supermercado e tive que sair correndo. senti algo úmido na minha calcinha, me assustei e apertei os passos em direção a loja. entrei correndo e subi os degraus da escada caracol em desespero. no estoque, abaixei a calcinha e vi que não era sangue, mas percebi meus seios em arrepio.  os toquei com alguma força, e carinho. deslizei as mãos dos cabelos até a cintura. acariciei meu clitóris com os dedos em frenesi enquanto ficava cada vez mais úmida, e com os mesmos comecei a me penetrar com força brutal, me contorcendo e fazendo pressão com as pernas e nádegas e pressionando meu clitóris duro de doer, assim  eu estava sôfrega desinibida, dava pausas para retardar o gozo, só mais um pouquinho. queria sentir, apenas sentir! o delírio do desejo me entorpecendo... entender a fluidez do meu corpo tenso e relaxado, frio e quente e todo aquele líquido que meu corpo pulsante expelia. era isso... o céu se abrindo! era isso que sentiam os devassos na noite ao se darem uns aos ou...

2014 - Indriso

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anjo você tocou minha pele, fez barulho. eu estava nua, devidamente crua pelo tempo que transgredia nua de alma e de cerne cinicamente crua, anjo, foi-se os limites, orientações e, foi além nos meus pensamentos acelerou meu coração, desorganizou constelações e eu cética ainda não acredito anjo. e me pergunto... foi sonho? devo dormir novamente? já é noite anjo, aqui dentro está garoando! rosangela a.

amoleci

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estava firme sobre meu salto 10, consciente, mas estava alí por um motivo e iria até no fim. ainda tinha forças para segurar minha bolsa, os joelhos fechados e até mantinha uma distância segura daquele outro corpo ali gesticulando, falando e, me querendo e que eu queria.  pelo jeito que ele me beijou no portão, na escada, na varanda, percebi que ele sabia o que fazia, um amante nato. no quarto ele se conteve. espertinho ele! no quarto qualquer atitude estranha acabaria com um atentado ao pudor, um abuso, uma brochada. ele era bruto e se fazia de doce, um mafioso do amor. eu tremia e pensava no quanto queria estar alí, mas tinha medo. não que fosse pessoa de recato, mas é cada notícia que se ouve sobre encontros marcados pela internet, e aquele ambiente escuro, estranho, dava um certo pavor. o homem bruto, cabelos por cortar, pés descalço... sorria! parecia feliz e parecia quente, eu sentia toda aquela ebulição de gente manifesta naquele espaço pessoa. homem eu diria... homem! eu se...

ando perdendo o apetite

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não faço dieta! só imagino amores que me saciem ou me devorem: mordida na ponta da orelha; beliscões nos mamilos; uma mão que aperte o pescoço, sufoco na garganta, a voz vacila, e grito; outra mão finca as unhas nas ancas; força bruta que manipula ...meu corpo pulo do gato às 3 da manhã faminta mas não como nada nem me devora essa mão distante que me mira nada me desce pela boca não troco saliva mas as palavras esfareladas sobram sobre a mesa e despencam de tanto serem ditas não tenho mais cães para limparem essa sujeira debaixo da mesa gato é bicho fresco só se deliciam se houver iscas de fígado, e bem que estou anêmica rosa a. fotografia: chiechu

comece o poema

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deixe escorrer a letra formate engome engula vomite costure, arremate mate a fome sacie a gula cada letra - dite peça um poema à lá carte um poema guardanapo no estilo Carpi trace a linha imaginária escreva algo digno ou que seja cretinice mesmo que se contradiga e ainda cause espanto fotografe o poema prato grave em xícaras e venda em algum magazine o poema livro que se chame pelo nome eu me chamo... eu em chamas eu me vendo ... o poema capital eu me mato! e o poema? vou escrever minicontos Rosa Ataíde @rosaataideart #poesia #anac Ana C

Traço, extrato e trecho

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de costas pareço quente para alguns, assunto, conversa sobre atos e desatos... garanto, não ser santa me assumo cálida curvilínea mas tímida evito mostrar-me da nuca para baixo de perfil pareço inteligente intrigante marota toda vida sensualizo de frente fico mais autêntica olhar triste que atravessa mas há quem não veja - aqui deixo a memória aos cegos por dentro sou poeta garanto poeta, poetássa! até que nada sobre nem mar, nem rio, nem pedra não abro mão da chama que me abrasa e quero tatuar asas pétala! sabe aquela flor que desabrocha para dentro? um figo, é isso oclusa, um receptáculo conceitual? ...pode ser, sim eu aceito ah, vá que eu rompa com essa vaidade toda de ser flor e seja só de poesia e de amor, talvez evoluí bastante na última tentativa só me faltou o feedback mas isso não importa mais estou na faixa contínua seguindo a via coração acelerado proibida ultrapassagem mas pode me atravessar eu deixo ... mas com cuidado, rosa ataíde #poesiame

o mais externo em nós

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o órgão mais sensível também o mais extenso... o que somos da pele para dentro? – corpo/conciencia, uma única nave, no cosmo, que pensa que pensa. um nati/corpo ao nascermos, um necro/corpo após os 35 anos de estadia. me achava macro. disseram-me um dia... "não existe cura!" após, me senti micro. – científica. então expandi meu corpo ao outro e me vi parte. – pertenço! regenero e sou regenerante, uma bateria, que ao tocar, recarrega – recarregamos um ao outro! e é só questão de pele, de tato, encontro. talvez seja importante evocar que estamos um no outro em estado – humanidade. estou tão científica! – estamos! já observou que transformamos isso que nos recarrega em líquido, e tememos o afogamento? estamos pulverizando o amor em relações vazias, cada dia alguém que nos completa e nos entedia no dia seguinte. em dias quentes, favoráveis ao amor, dias propícios, estamos disponíveis. isso significa que no intervalo ele é impróprio, inoportuno... estamos doentes! este que banaliz...

espaço

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só me tire as palavras se for para me deixar em êxtase e para isso é necessário muita yoga sexo quente talvez uma paleta de aquarela e papel cansou A2 300gr até talvez um olhar atento, olho no olho silêncio rosa ataíde

receita de amor

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não existe! corre o risco de solar de tabto sol que irradia por mais fermentado que seja como fruta fica bom se embrulhar em algum papel para amadurecer, recomendo papel manteiga e forno, embora não saiba do que estou falando... certamente ele deve tentar escapar igual corvina que de tão fresca, ainda respira e pula e com algum dos espinhos de suas barbatanas... te causará uma ferida eu sei que ele precisa ser cozido em fogo brando e destampado para que não queime, ou vire papa ... um amor arroz, de grãos soltinhos fazer amor é meio alquimia, transformar metais brutos em algo preciosíssimo amolecido envolve paladares, suores, troca salivares, olho no olho, verdade, ocitocina, e calor, muito calor para suplantar os dias frios mas eu não sei do que estou falando... em algum ponto errei a receita em dias tão líquidos, em que tudo se condensa ...estou queimando rosa ataíde @rosaataideart

ZIP code

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todas as formas de amar são válidas. todas são quentes e aquecem meu olho esquerdo, e eu pisco no arder destas emoções. havia um tempo de não sentir nada meus olhos estavam secos, e eu enxergava bem. o amor me cega, me tortura, me deixa de quatro, submissa... por isso o delimito nas linhas que o escrevo. é como dar forma ao que não tem forma. é como formatar ou comprimir um arquivo para criar espaço quando este está em nuvem e é quase líquido. coisa de poeta, causa de artista. se não sufoco. se não eu frito o processa/dor CORAÇÃO R.A. 74 - GERAÇÃO 4.5 qualquer coisa eu zipo ele e te envio via email... teu wi-fi está funcionando? rosa ataíde

A Mulher Adulterada

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  entre meus dedos ...o devir alquímico das ideias insolúveis à água  a arte com a qual  atravesso teu olho teu esôfago teu peito teu coração sagrado  a palavra que perfura e penetra vaza na derme e transborda coroa de espinhos traição, mentiras  - pesa!? mas não é pedra preciosa é só pedra,  desses granitos baratos ainda em forma bruta talvez lhe sirva como mármore esculpido, se vês  alguma coisa útil  belo? talvez não sirva para nada mas à mim salva contundente a palavra sem moldura  exposta em qualquer tempo canto sem preço, pois não cobro por ela sem prazo de validade surge para alegrar o dia para salvar o mundo para desaguar minhas mazelas você se encontra às vezes com ela bate papinho, rola uma conversa, entendimento negação e até raiva tem hora que você não entende nada - saca?  tem hora que desisto dela de você de meu amigo e quando ocorre acontecer isso me sinto insana mas tão insana  que ao redor só vejo rio e escorro de e...