corpos à deriva

reativos da ponta do indicador ao outro ... parecemos pinturas valiosas expostas em molduras, proibidos ao toque corre um rio um rio largo escorre de uma boca a outra mas se a conversa é séria inter/dito cada um na sua margem de contenção quando o silêncio é o que impera em um olhar que nos mira fundo escapole diante às abordagens do que há dentro da pele, não penetra a verdade não remove as linhas do remendo que nos ata o tear da vida e nos faz incomunicáveis - banais para o amor impenetraveis ao coração o desnudar dos aflitos que somos nos condenam às gazes do entorno do peito tirar dói, manter dói fingir nos arrebenta que queres aqui dentro se não te pertenço, não te faço parte? quem é você no mundo que te tem? quem te habita o lado de dentro? quem sustenta teu olhar em riste... - sem, amolecer? és tu, ali naquela galeria de belas artes... aqui em mim? nessa boca que não alcanço o fluir que leva adentro... ...